Losers
Tá bom, tá bom... Eu admito: sou um frustrado. Posso dizer que tudo isso é em razão do meu desejo de ser um escritor de receitas culinárias. Não é fácil minha gente...
Acabo escrevendo esses textos humorísticos sem graça alguma neste blog, sendo que sempre a minha intenção é escrever sobre modo de preparo de comidas. Às vezes me pego imaginando como me sentiria realizado se algum dia conseguisse ser bem sucedido no ramo da "literatura culinária".
Certa vez, comecei escrevendo uma receita de torta de cupuaçu. Que fracasso! Ao reler os escritos, vi que tinha feito um romance em 274 páginas baseado na música "A Máquina Voadora" de Ronnie Von.
Acho que eu me perco por causa da mania de dar nomes próprios aos ingredientes. Fui deveras confuso ao chamar "3 colheres de manteiga" de "Luis Fernando de Alcântara". Outro ponto negativo é a minha insistência em falar de maneira metafórica em certas ocasiões, como quando disse "e a tristeza bateu em seu coração e, naquele instante, quis vingança" numa tentativa de explicar que é "para se adicionar leite à massa, antes de levá-la ao forno por 20 minutos".
Já ouvi dizer que não sou o único com esse lastimável problema. Ao ler a biografia de Oscar Wilde, descobri que na ocasião em que ele escreveu "O Retrato de Dorian Gray" queria, na verdade, escrever um recado para o dono do açougue pedindo para "gentilmente, mandar 2kg de carne moída e pendurar na conta". Imagino o quanto ele deve ter se sentido fracassado por não comer carne moída naquele dia. Sensação pior, só mesmo no caso do açougueiro.
Dizem também que Dan Brown tentou escrever um bom livro, daqueles que amarram o leitor e são inteligentes. Esse sim deve estar se sentindo um derrotado...
Acabo escrevendo esses textos humorísticos sem graça alguma neste blog, sendo que sempre a minha intenção é escrever sobre modo de preparo de comidas. Às vezes me pego imaginando como me sentiria realizado se algum dia conseguisse ser bem sucedido no ramo da "literatura culinária".
Certa vez, comecei escrevendo uma receita de torta de cupuaçu. Que fracasso! Ao reler os escritos, vi que tinha feito um romance em 274 páginas baseado na música "A Máquina Voadora" de Ronnie Von.
Acho que eu me perco por causa da mania de dar nomes próprios aos ingredientes. Fui deveras confuso ao chamar "3 colheres de manteiga" de "Luis Fernando de Alcântara". Outro ponto negativo é a minha insistência em falar de maneira metafórica em certas ocasiões, como quando disse "e a tristeza bateu em seu coração e, naquele instante, quis vingança" numa tentativa de explicar que é "para se adicionar leite à massa, antes de levá-la ao forno por 20 minutos".
Já ouvi dizer que não sou o único com esse lastimável problema. Ao ler a biografia de Oscar Wilde, descobri que na ocasião em que ele escreveu "O Retrato de Dorian Gray" queria, na verdade, escrever um recado para o dono do açougue pedindo para "gentilmente, mandar 2kg de carne moída e pendurar na conta". Imagino o quanto ele deve ter se sentido fracassado por não comer carne moída naquele dia. Sensação pior, só mesmo no caso do açougueiro.
Dizem também que Dan Brown tentou escrever um bom livro, daqueles que amarram o leitor e são inteligentes. Esse sim deve estar se sentindo um derrotado...
