Muitos filósofos contribuíram para a evolução do pensamento no decorrer dos tempos. Poderíamos dizer que, através de suas mentes, a visão de mundo contemporânea foi moldada. Mas dentre todos os colaboradores para nosso crescimento racional, um deles caiu no esquecimento. Estou falando de Ivan M. Berlucini, o criador do "movimento de posicionar a mão no queixo e parecer um sujeito intelectual".
Berlucini nasceu em uma família italiana pobre, no século XIII. Passou por uma infância difícil, onde não tinha chances de estudar. Não que quisesse estudar, pois preferia passar horas jogando seu PlayStation 5 a.C. (já em desuso na época).
O jovem Ivan cresceu e, naturalmente, veio o interesse em relação ao sexo oposto. Entretanto, a moda entre a juventude neste período da história era estudar e pensar. Ser filósofo era considerado sexy. Tal período histórico teve seu fim juntamente com o início da novela Malhação.
Aqueles anos de estudo desperdiçados por Berlucini começaram a lhe fazer falta. "Como farei para pegar alguma gostosa sem nunca ter lido Voltaire?", pensava aquele aspirante a tarado, sem saber ao menos que naquela época Voltaire ainda não tinha nascido. Era um ignorante completo.
Foi então que conseguiu convidar uma bela ninfeta para um debate sobre o mito dos deuses criados para… Bem, se querem saber, nem eu sei qual era o nome certo desse debate. Jovelina era o nome dela. Apesar do nome, era linda. Ela adorava debate sobre metafísica. Passava horas conversando sobre isso com as amigas ao telefone.
O debate, como previa Berlucini, caminhava sendo um saco. Foi então que levantou o braço no momento em que foram abertas as inscrições para perguntas. Sua pergunta era sobre onde ficava o banheiro, mas antes de conseguir fazê-la, sentiu sono e bocejou com tanta força que deslocou o maxilar. Naqueles tempos, deslocar o maxilar era considerado ridículo, passivo de ser taxado como "paspalho".
Não podia dar uma mancada dessas na frente de Jovelina e, para disfarçar, resolveu ficar numa posição semelhante ao "Pensador" de Rodin. Foi quando o mediador do debate disse a Ivan que podia fazer a pergunta. Ivan não a fez e continou naquela posição. Foram 10 segundos de silêncio total com todos olhando para ele. Em seguida, vieram 3 minutos de aplausos consecutivos.
Ivan Berlucini acabava de criar o famigerado "movimento de posicionar a mão no queixo e parecer um sujeito intelectual", salvando assim milhões de pseudo-intelectuais que até hoje o utilizam. Agora não era mais preciso pensar, bastava agora fazer a pose. Aquela foi uma noite muito feliz, salvo o fato de ter se urinado.
PS: texto retirado do blog Karl Marx no Gol!