É Por Isso Que Eu bebo!!!


27.6.07

Ganhando pontos para a salvação

O que você faria se, numa agência bancária, uma moça de aspecto pobre, com mais ou menos 25 anos, chegasse perguntando: "Zero e zero depois do três é trezentos, né?!"?

Apesar de ter olhado para todos os lados para encontrar alguma câmera escondida, espero que Deus lembre que não gargalhei na cara dessa mulher.

20.6.07

Gênios Esquecidos: Ivan M. Berlucini

Muitos filósofos contribuíram para a evolução do pensamento no decorrer dos tempos. Poderíamos dizer que, através de suas mentes, a visão de mundo contemporânea foi moldada. Mas dentre todos os colaboradores para nosso crescimento racional, um deles caiu no esquecimento. Estou falando de Ivan M. Berlucini, o criador do "movimento de posicionar a mão no queixo e parecer um sujeito intelectual".

Berlucini nasceu em uma família italiana pobre, no século XIII. Passou por uma infância difícil, onde não tinha chances de estudar. Não que quisesse estudar, pois preferia passar horas jogando seu PlayStation 5 a.C. (já em desuso na época).

O jovem Ivan cresceu e, naturalmente, veio o interesse em relação ao sexo oposto. Entretanto, a moda entre a juventude neste período da história era estudar e pensar. Ser filósofo era considerado sexy. Tal período histórico teve seu fim juntamente com o início da novela Malhação.

Aqueles anos de estudo desperdiçados por Berlucini começaram a lhe fazer falta. "Como farei para pegar alguma gostosa sem nunca ter lido Voltaire?", pensava aquele aspirante a tarado, sem saber ao menos que naquela época Voltaire ainda não tinha nascido. Era um ignorante completo.

Foi então que conseguiu convidar uma bela ninfeta para um debate sobre o mito dos deuses criados para… Bem, se querem saber, nem eu sei qual era o nome certo desse debate. Jovelina era o nome dela. Apesar do nome, era linda. Ela adorava debate sobre metafísica. Passava horas conversando sobre isso com as amigas ao telefone.

O debate, como previa Berlucini, caminhava sendo um saco. Foi então que levantou o braço no momento em que foram abertas as inscrições para perguntas. Sua pergunta era sobre onde ficava o banheiro, mas antes de conseguir fazê-la, sentiu sono e bocejou com tanta força que deslocou o maxilar. Naqueles tempos, deslocar o maxilar era considerado ridículo, passivo de ser taxado como "paspalho".

Não podia dar uma mancada dessas na frente de Jovelina e, para disfarçar, resolveu ficar numa posição semelhante ao "Pensador" de Rodin. Foi quando o mediador do debate disse a Ivan que podia fazer a pergunta. Ivan não a fez e continou naquela posição. Foram 10 segundos de silêncio total com todos olhando para ele. Em seguida, vieram 3 minutos de aplausos consecutivos.

Ivan Berlucini acabava de criar o famigerado "movimento de posicionar a mão no queixo e parecer um sujeito intelectual", salvando assim milhões de pseudo-intelectuais que até hoje o utilizam. Agora não era mais preciso pensar, bastava agora fazer a pose. Aquela foi uma noite muito feliz, salvo o fato de ter se urinado.

PS: texto retirado do blog Karl Marx no Gol!

8.6.07

Bullying

Triste mesmo era aquele rapaz. Sempre conviveu com os sarros, comentários maldosos, piadinhas de mau gosto etc. Já tinha até se acostumado com o fato de não possuir uma auto-estima. Nunca teve isso, mesmo porque a zombaria fazia parte da sua rotina desde quando se entendia por gente. Era forte, inteligente, bonito, rico e, ainda assim, ninguém o levava à sério. Triste mesmo era aquele rapaz...

Apesar de tudo, enfrentava a sua sina com coragem. Casou-se como qualquer pessoa normal. Carrega consigo a vergonha que passou naquele dia, os risos cruéis e cochichos mortíferos. Quando o padre virou em sua direção e disse "Carla, aceita a senhora Daniela para amar-lhe e respeitar-lhe..." teve inveja dos avestruzes que podiam enfiar a cabeça em um buraco e não assistir tal vexame. Ah, esqueci de mencionar que o seu nome era Carla dos Santos Soares.

Carla era torcedor do Flamengo "doente". Não perdia nenhum jogo, mas quando esteve de passagem pelo Rio, não teve coragem de ir ao Maracanã. Aquele fardo o limitava. Os amigos mais próximos diziam palavras de conforto, mas pelas costas gargalhavam. Era uma situação deveras bizarra.

Mas Carla resolveu que aquilo tinha que mudar. Já não podia mas viver daquela maneira. Procurou os melhores especialistas na área e viu se podia mudar. Pra sua felicidade, podia sim. Não perdeu nenhum segundo e correu atrás disso.

Ontem Carla mudou para sempre. Fez uma operação de redução de nariz e agora é cara mais feliz do mundo.

7.6.07

Meu talento

Não é de hoje que eu falo e escrevo sobre assuntos que não sei. Faço isso com uma tremenda naturalidade e competência. Diria que esse meu talento (sim, encaro isso como um talento) nasceu da minha vontade de ridicularizar a todos. Gosto de por em xeque os conhecimentos dos outros, apesar de não ter nenhum sobre determinado tema. Humildade não é meu dom, tal como sinceridade não é meu defeito.

Falando nisso, acho desprezível quando o indivíduo, ao ser questionado sobre o seu pior defeito, responde "acho que é minha sinceridade. Sou muito sincero e isso me atrapalha, sabe?". Aprendam comigo: sinceridade não é defeito. Ou melhor, até aceito que alguém realmente acredite que sinceridade seja um desvio de caráter. Essa pessoa deve ter orgulho da sua falsidade. Bacana mesmo. Imagino que muitas mães pensam, quando estão gestantes, mais ou menos assim "ó Deus, faça com que minha criança nasça com saúde, inteligência e, por tudo que é mais sagrado, sem sinceridade".

Querem saber de mais uma coisa? Perdi o foco do texto. Mas sobre isso eu nem me preocupo, afinal não sei nada sobre sinceridade mesmo...

4.6.07

E vejam como estou certo

Mais alguém que me apóia no movimento contra os pseudo-intelectuais

http://baunilha.org/wulff/?p=4

3.6.07

Auto-reflexão

Não é coisa fácil de manter essa história de blog. Principalmente agora que tenho passado por alguns conflitos internos.

Na verdade, não se trata de conflitos, e sim de um conflito. É apenas um mesmo. Fico pensando "será eu, um artista de uma obra só?!". Mas aí recai sobre mim outra questão: "Se é que sou artista de uma obra só, qual obra é essa?!".

Pensando bem, mantém conflitos no plural...