O diário das sessões de psicanálise de Sam T. White - Parte I

O texto que vem a seguir trata-se de trechos de manuscritos de Sam T. White feitos de maneira religiosa sempre após as suas sessões de psicanálise. Segundo o próprio, o hábito de escrever surgiu através da sua "dificuldade em gravar boas cópias de DVD's". Até hoje, a ligação entre uma coisa e outra é desconhecida.
O fato é que atualmente os seus escritos se tornaram fundamentais para os ramos da psicologia, psiquiatria, homeopatia e partidas de dominó. Vale ressaltar que aqui serão apresentados apenas alguns trechos e divididos em várias partes. Porém, aqueles que comprarem o pacote da Sky com o Big Brother Brasil 8, receberão os manuscritos na íntrega.

15 de outubro de 2001.

Hoje foi um daqueles dias em que não queria levantar da cama. Segundo o meu psicanalista, isso é excelente, tendo em vista que começo a me conformar com o meu estado semi-vegetativo. Desde que caí do cavalinho do carrossel e perdi os movimentos abaixo dos mamilos que me sentia revoltado. Mas ainda tenho comigo uma certa indignação e não paro de pensar em questões como: "Por que justo comigo?", "Como pôde acontecer tamanha fatalidade?", "Será que cometi algum pecado e estou sendo punido?" e "Como um imbecil como o Sílvio Santos ficou rico?". Acredito que carregarei junto comigo essas indagações para o meu túmulo.

Que triste e cruel destino a vida me reservou. Logo agora que estava sendo considerado o mais novo gênio da literatura de bolos de confeitaria. As revistas especializadas no assunto estampavam minha face nas capas. Era tido como revolucionário ao colocar num bolo de aniversário o texto "Aniversário Feliz", superando assim o tradicional "Feliz Aniversário". Agora estou impossibilitado de exercer meu ofício pois, por puro capricho, aprendi a escrever em bolos somente usando os pés. Maldito destino...

A vida é uma caixa repleta de opções

Vitão says:
e aí pô
Vitão says:
tu comeria quem ?
Vitão says:
a ruth ronsi ou a dercy gonçalves ?
Helder Júnior says:
num tem uma opção com o ivo holanda não?

Uma vida de grandes problemas

As pessoas vivem reclamando de vários problemas banais como desemprego, enchentes, gravidez na adolescência, febre amarela e o último episódio de Lost. Francamente, isso me deixa revoltado. Reclamar de barriga cheia me revolta, caros leitores.

Eu, por exemplo, tenho meus problemas. E são grandes. O maior de todos é, sem sombra de dúvidas, parecer com o Gabriel, O Pensador sempre que deixo a barba crescer. As pessoas gostam muito do Gabriel, O Pensador. E é aí que minha dor-de-cabeça começa. Todos os dias, várias vezes, enquanto estou caminhando pela rua, quando surge alguém desconhecido e me aborda da seguinte maneira:

- Oi. Posso te perguntar uma coisa?

- Err... Oi. Claro...

- Alguém já te disse que você é a cara do Gabriel, O Pensador?

- Bem, já...

- Porra, que legal. Você é feliz, né?

- Sou. Por que?

- Oras por que? Porque você se parece com o Gabriel, O Pensador.

- E o que isso tem a ver?

- Ele é legal. E é bacana se parecer com quem é legal.

- Hum... é?

- É. E por falar nisso, canta aquela música do cachimbo.

- Hã?! Eu não vou cantar nada. Eu não sou ele!

- Olha aí, bastou ficar famoso que já virou esnobe...

- Ah, vá tomar no cu.


E assim, todos os dias, vivo meu inferno. Mas como falei antes para vocês, sei lidar com os meus problemas e agora faço alguns covers do Gabriel, O Pensador em festas de aniversários. Com isso consigo pagar o meu aluguel.

O fato é que não sou registrado na Associação Brasileira de Covers do Gabriel, O Pensador, a conhecidíssima ABCGoP. Eles cobram taxas abusivas. Então tive que inventar outro nome artístico. Peguei o nome de um anjo e troquei "O Pensador" por "O Filósofo". De anjos eu não conheço muito e então peguei um auxílio com a novela dos anjos que passa na Globo. Como gosto da Cláudia Jimenez, meu nome escolhido foi Custódia. Então ficou assim o meu nome artístico: Custódia, O Filósofo.

Têm aqueles que perguntam por que eu não, simplesmente, faço a barba. Pra esses eu tenho que confessar, eu deixo a barba grande na esperança de um dia ser confundido com o Tom Hanks durante o filme "Náufrago".

MSN da vida...

Helder Júnior says:
outro dia quase morri
dedinha says:
pq?
Helder Júnior says:
desliguei as luzes daqui de casa
Helder Júnior says:
aí tava na sala
Helder Júnior says:
quando eu ia pro quarto bati com toda força na parede
Helder Júnior says:
quase morri
Helder Júnior says:
ainda bem que não cortei o supercílio
Helder Júnior says:
pq além de quase morrer, teria que pagar uma pintura nova
dedinha says:
haha
dedinha says:
verdade
Helder Júnior says:
por pouco não desmaiei
dedinha says:
nossa, heldinho, cuidado
Helder Júnior says:
pois é
dedinha says:
pq agora tu mora sozinho
dedinha says:
e só vão te descobrir morto dias depois
dedinha says:
e vai que cai num sábado
dedinha says:
ngm vai pro velório,né?
Helder Júnior says:
mas eu não esquento não
Helder Júnior says:
tipo, se vc faz um aniversário e ngm vai, o pior é no outro dia
Helder Júnior says:
a repercussão
Helder Júnior says:
mas no velório não terá ngm no outro dia me zuando

Sem título.

E então que minha vida virou pelo avesso nos últimos dias.

E então que não quero falar sobre isso.

E então que estou sem assunto.

E foi então que o Orkut inventou essa história de álbuns sub-divididos.

E foi então que decidi que não vou mudar caraleos nenhum no meu álbum.

Assessoria de Imprensa do blog sobre o BBB8

Em razão dos recentes boatos divulgados na imprensa, venho através deste blog confirmar: Sim, serei o próximo personagem homossexual do Big Brother Brasil 8.

Quando fui convidado não me interessei de cara. Mas fui convencido a encarar essa empreitada após ler o script do programa. Eu encarnarei a figura de um gay, mas a grande novidade está no fato de ter seis dedos nas duas mãos e ser caolho. A produção acredita que dessa forma atingirei uma camada ainda maior de minorias. Sejam sinceros, quem não toparia uma dessas depois de ouvir algo como "atingir uma camada maior de minorias"? Foi impossível recusar.

Nessa edição eu não ganharei. Essa é a vez da estrangeira que não fala português, mas namora com o negro excluído socialmente.

Enfim, a verdade!

Ano novo, vida nova. No meu caso isso não será apenas um simples bordão, mas nada mais, nada menos, que a pura verdade. Em 2008 eu sairei do Programa de Proteção às Testemunhas, o famoso PPT. Isso mesmo o quê vocês leram, caros amigos. Há 6 anos faço parte do tal programa.

A minha história é a seguinte: meu nome verdadeiro é Deocleciano Laranjal, nasci no estado do Texas-EUA e já consegui zerar o jogo Contra do SuperNintendo sem pegar nenhum "continue". Aos 12 anos, o meu primeiro emprego foi como entregador de pizzas. Aos poucos fui ganhando a confiança dos patrões e acabei promovido a assistente de pizzaiolo. Foi então que me encontrei envolvido no mais sujo dos negócios da máfia italiana de pizzas: a pizza de estrogonofe. As pizzas de estrogonofe são umas fraudes. Na verdade, elas são pizzas de outros sabores que sobraram de dias anteriores. Era adicionado algo chamado "molho especial" junto com as malditas batatas-palha nos restos de pizzas que não foram vendidas. Não achava tal atitude certa, mas não tinha coragem de peitar os chefões.

Aquilo não me deixava dormir, estudar e jogar Contra. Imaginem como eu estava. O peso da culpa me fez denunciar o esquema aos tiras. Foi aí que se deu início o meu inferno. Eu era a principal testemunha da promotoria contra esses bandidos e, consequentemente, minha vida corria sérios apuros. A solução foi a troca de identidade para Helder Júnior.

Enfrentei algumas cirurgias plásticas para não ser reconhecido fisicamente. As principais operações foram: um sinal idêntico ao da Angélica, porém, nas costas e tive a minha orelha esquerda furada. Obviamente, também fui obrigado a cultivar costelas ao estilo do Elvis Presley. Fiquei irreconhecível.

O PPT também sugeriu algumas mudanças de comportamento. Foi aí que tive dificuldades e, talvez, não tenha conseguido êxito. Tive que começar a escrever nesse blog. No entanto, sou analfabeto e todos os textos que escrevi agora foram criados do seguinte modo: dava 15 minutos de porradas no teclado e depois postava. Outra mudança que sugeriram foi que eu fizesse um sotaque argentino, porém falhei mais uma vez. O meu sotaque sempre ficou mais parecido com o chileno...